segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Avalie com os estudantes a credibilidade dos sites de busca.

Bill Gates

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Objetivos

Instruir os alunos a realizarem pesquisas mais eficientes e confiáveis.

Reportagem da Veja.

Clique aqui: A guerra dos buscadores

Introdução
Livre-se do primeiro spam quem nunca consultou um site de busca à procura de um assunto qualquer. Noticiário político, previsão do tempo, os últimos resultados do futebol e toda sorte de dados e informações para complementar um trabalho escolar são oferecidos indiscriminadamente na rede. Essa gama virtualmente infinita de opções está à disposição dos usuários a um clique do mouse. De olho nesse filão de mercado, que é uma das principais portas de entrada para o mundo virtual, a todo-poderosa Microsoft e os popularíssimos buscadores Google e Yahoo! muniram-se de uma artilharia pesada uns contra os outros para atrair a fidelidade dos internautas.

VEJA informa que nessa guerra estão sendo gastos milhões de dólares em desenvolvimento tecnológico e novas formas de interação entre conteúdo e publicidade. O objetivo comum é liderar a preferência de bilhões de pessoas ao redor do planeta. Como “googar” é um hábito que já faz parte do cotidiano dos adolescentes, você pode usar a reportagem para fundamentar vários debates. Na opinião da turma, os buscadores resolveram o problema de achar o que os estudantes querem saber? E agora, a grande dificuldade é saber o que eles querem achar?

Reserve um horário na sala de informática para explorar os sites de busca citados na reportagem. Faça cópias dos dois quadros informativos deste roteiro e distribua para a classe.

Proponha que os jovens puxem pela memória e relatem experiências com buscadores na internet. Que temas eles costumam abordar com mais freqüência? Trata-se de pesquisas escolares ou mera curiosidade sobre esses assuntos? Os resultados encontrados foram considerados satisfatórios? Anote as respostas no quadro.

Promova a leitura da revista e oriente discussões com base em alguns trechos. VEJA define os buscadores como os grandes ordenadores do caos da web. Retome as opiniões lançadas no tópico anterior e lembre que se alguém procura pela expressão “São Paulo”, por exemplo, pode encontrar resultados que remetem à maior cidade do Brasil, ao santo católico ou mesmo ao clube de futebol paulistano. Cite outros exemplos e pergunte quem tem idéia de como era a vida de um pesquisador antes do surgimento dos sites de busca. Lembre que há pouco menos de dez anos obter certos tipos de informação podia ser um processo caro e difícil. As pessoas precisavam comprar jornais e revistas, dar telefonemas, fazer muitas perguntas, visitar bibliotecas, ler e selecionar vários textos para levar a cabo uma investigação mais profunda. Ressalte que o surgimento de ferramentas como o Google e o Yahoo! – e agora do buscador da Microsoft – gerou um tremendo impacto comportamental. Nós podemos dizer que esses sites são versões eletrônicas de um bibliotecário?

Ouça os comentários e explore as dicas listadas no quadro acima. Faça analogias entre as técnicas de pesquisa no papel e na tela de computador. Os alunos já se sentiram perdidos em meio a pilhas de livros quando buscavam subsídios para um trabalho? Como a resposta provavelmente será positiva, pergunte a quem eles pediram ajuda para resolver o problema. E no caso dos buscadores, o que pode funcionar como um “filtro” confiável? Explique que são as obras de referências e as opiniões de especialistas renomados, impreterivelmente, que dão respaldo aos dados que estão na internet. Lance uma questão: por que, mesmo com o manancial de informações digitais, continuamos a colecionar livros, revistas e enciclopédias? O texto do quadro abaixo pode incrementar a reflexão.

Fale sobre a corrida, a exploração comercial e a tentativa das três empresas mencionadas por VEJA de adequar cada vez mais as pesquisas ao perfil dos usuários. Em que sentido isso dá margem para uma maior oferta de informações ou restringe a privacidade das pessoas? Será que no futuro haverá a crença de que uma coisa só existe na vida real se ela for localizada pelos sites de busca?

Atividades
Divida os jovens em pequenos grupos e oriente a pesquisa de alguns assuntos. Peça que escolham ícones de determinadas áreas (saúde, política, religião, cultura, educação, esporte, comportamento, ciências, tecnologia, celebridades etc.) e verifiquem quantas vezes eles são citados em cada um dos três buscadores. Isso pode dar uma idéia dos interesses e da motivação dos internautas da classe.


De posse dos exemplos escolhidos, sugira que os alunos imaginem o caminho percorrido pelos sites – com base no quadro “Para Cair na Teia”(clique aqui). Convide o professor de Matemática a explicar o conceito de algoritmo, a equação que rege a seleção das páginas pelos buscadores.

Buscadores: como explorar melhor

• Use mais de uma palavra para fazer a busca;
• Recorra ao sinal de menos para eliminar palavras que possam trazer sites com assuntos homônimos;
• Escreva tudo entre aspas se quiser achar uma frase exata;
• Empregue o * se não quiser especificar um termo no meio
de uma frase, como em “universo tem * anos”;
• Use a “pesquisa avançada” para restringir a busca por língua, data, site ou tipo de arquivo;
• Formule frases em forma de resposta. Em vez de perguntar “o que é um buscador”, escreva “um buscador é”.

Para saber mais

O que foi a Enciclopédia

A era do Iluminismo (1700-1800) também teve uma espécie de buscador. O espírito otimista da época – que também é chamada de Idade da Razão – promoveu a crença de que, com tempo e estudo, seria possível conhecer absolutamente tudo. O resultado disso foi a elaboração da Enciclopédia, uma obra em vários volumes editada pelos franceses Denis Diderot, Louis de Jaucourt e Jean le Rond d’Alembert e endossada por intelectuais como Jean-Jacques Rousseau e Voltaire. Vendida na França entre 1751 e 1772, essa publicação massiva pretendia reunir e apresentar todo o conhecimento até então acumulado nas áreas da ciência, da tecnologia e da história. Chamada de “o livro dos livros”, ela inspirou a elaboração de compêndios como a Enciclopédia Britânica – que hoje existe em versão online –, lançada originalmente em três volumes e 2.659 páginas, e inaugurou uma cultura que se espalhou pelo mundo. Segundo a Associação Brasileira de Difusão do Livro, o país já chegou a ter 100.000 vendedores de enciclopédias trabalhando no sistema porta a porta. Com o advento da internet, esse número foi reduzido para 30.000 profissionais. Eles fazem o conhecimento enciclopédico chegar aos rincões mais isolados.

Desembargador. Conectado com o futuro.

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