quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sabão Caseiro-reaproveite o óleo de cozinha...

Para quem estava à procura de um sabão caseiro que não contivesse sebo ou qualquer outro produto animal em sua fórmula, a procura acabou!!!   Com essa receita  você economiza e reaproveita o óleo usado que normalmente as pessoas jogam fora poluindo as nossas águas. Assim, aproveite para economizar e ajude a salvar o planeta!!! Pode fazer, dá certo!!
 

Segue a receita:
- 4 litros de óleo
- 2 litros de água quente
- 1 copo de detergente líquido de coco (300ml)
- 1/2 kg de soda caustica
Modo de preparar:
Em um balde de plástico dissolva o detergente e a soda cáustica na água quente. Coloque o óleo já coado e mexa até engrossar (cerca de 20 a 30 minutos). Despejar em formas de plastico e, após 2 dias, cortar os pedaços. Esperar 1 semana para uso. A receita rende aproximadamente 30 pedaços de sabão.
Observação: Cuidado com a soda caustica, pois é um produto químico corrosivo e deve ser manuseado com segurança para não causar queimaduras. Utilize luvas e óculos de proteção para evitar qualquer acidente.

Essa outra receita achei em outro blog maravilhoso, o Órbita Terra, é de erva-doce e também não vai produto de origem animal. Segue a receita:


Sabão de Erva-Doce
Ingredientes:
-5 litros de óleo usado e coado
-1 copo americano de fubá
-500 ml de detergente líquido de coco
-1 litro de soda cáustica líquida
-1 litro de água fervente
-essência de erva doce
Modo de Preparo:
Em um balde grande, coloque o óleo coado, junte o fubá, o detergente, a soda cáustica e mexa bem. Depois de misturados acrescente a água fervente e a essência de erva doce e continue mexendo por 40 minutos sem parar.
Coloque a massa na forma e deixe descansar por dez dias até endurecer. Se for colocar em um recipiente único, corte no formato desejado antes de a barra endurecer completamente.

 
Projeto Mão na Terra, Órbita da terra.
Imagem: Christopher Kubaseck

Desembargador. Conectado com o futuro.

Você já olhou suas pintinhas hoje?


  
  Ao contrário do que as pessoas imaginam,

câncer de pele não é um problema que aparece 
de um verão para o outro. “Ele é consequência 
 de  uma exposição cumulativa ao sol, ao longo
 da vida, que vai finalmente gerar essas lesões 
que podem se transformar em um câncer. É uma ‘semente’ que você planta, geralmente, desde a infância”, afirma Luiz Guilherme Martins Castro, assessor médico do serviço de Dermatologia do Fleury.

É por esse motivo que os idosos precisam ter cuidados especiais com a pele.
 “Conforme envelhecemos, a nossa pele vai ficando menos resistente
 à exposição solar. Se o idoso já tiver tomado muito sol durante a vida, 
 terá acumulado efeito tóxico significativo e, dessa forma, terá mais 
 probabilidade de desenvolver o câncer de pele”, afirma o dermatologista.

O uso de protetor solar, chapéus e roupas que protejam do sol estão 
entre os itens básicos para o cuidado com a pele. Mais que isso, é necessário
 ficar atento aos possíveis sinais de um câncer de pele. Com frequência, os
 idosos, principalmente os de pele muito muito clara, desenvolvem pintas
 pelo corpo.

 Apesar de comuns, essas marcas não podem ser menosprezadas, pois, em geral, os cânceres de pele se manifestam por meio de manchas ou pintas. Por isso, é
 importante observar com cuidado a pele, à procura de sinais suspeitos 
(veja no quadro abaixo),
 além de visitar periodicamente o dermatologista, para que ele possa avaliar 
o crescimento ou o surgimento dessas pintas.

Carcinoma e melanoma
O câncer de pele pode ser dividido em dois grandes grupos. Os carcinomas 
são os mais comuns, representando de 90% a 95% dos casos. “Eles são menos
 agressivos e, na maioria das vezes, facilmente tratáveis com pequenas cirurgias e cauterizações. 
Como têm relação direta com a exposição cumulativa ao sol ao longo da vida 
e com a pele clara, também são mais fáceis de serem prevenidos – ou seja, 
quem cuida da pele desde cedo tem menos chances de desenvolvê-los”, afirma o dermatologista. Os carcinomas manifestam-se com feridas ou crostas
 na pele (tornando-a mais áspera) que não cicatrizam por várias semanas ou meses.


O melanoma, por sua vez, é um dos cânceres mais agressivos que existem. 
O diagnóstico precoce é essencial, porque suas lesões (geralmente na forma 
de pintas e manchas pretas) apresentam alto potencial de disseminação das células
 malignas – ou metástases – e são resistentes à radioterapia e à quimioterapia.
 “Quando nós falamos dos melanomas, a situação é um pouco mais 
complicada porque ainda não se sabe exatamente qual é sua relação com a 
exposição solar. Muitas vezes, o melanoma é encontrado em áreas não 
expostas ao sol e em pessoas morenas, o que nos leva a crer que essa 
relação é indireta”, afirma Luiz Guilherme.

Segundo o dermatologista do Fleury, algumas pessoas têm um risco 
 maior de desenvolver melanoma. “São pessoas ruivas; as que sofreram
 queimaduras solares intensas, com formação de bolhas, durante a infância;
 pessoas que tenham algum parente muito próximo que tenha tido melanoma
 e pessoas que tenham uma quantidade grande de pintas.” Esses indivíduos 
fazem parte do chamado grupo de risco para o melanoma e devem se submeter periodicamente a um exame dermatológico preventivo – principalmente os idosos 
que têm essas características.

“Um dos exames muito importantes nessa prevenção é o mapeamento corporal
 de nevos”, explica Luiz Guilherme. “Imagine uma pessoa que tenha dezenas de
 pintas: 
é praticamente impossível ficar analisando uma por uma para saber se ela se 
modificou. No mapeamento de nevos, é feita uma documentação fotográfica de alta resolução de todo o corpo da pessoa, com lentes especiais que permitem verificar
 algumas características internas das pintas. Verificando essas características, 
há mais chance de dizer se é uma pinta benigna ou com potencial de malignidade.
” A grande vantagem é evitar retiradas desnecessárias, processo que sempre 
causa algum incômodo, além de deixar cicatrizes.


Autoexame da pele
O que é?
É um método simples para detectar precocemente o câncer de pele, incluindo o melanoma. Se diagnosticado e tratado enquanto o tumor ainda não invadiu profundamente a pele, há maior chance de cura.
Quando fazer?
Ao fazer o autoexame regularmente, você se familiarizará com a superfície normal da sua pele. É útil anotar as datas e a aparência da pele em cada exame.
O que procurar?
• Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram
• Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor
• Feridas que não cicatrizam em 4 semanas
Deve-se ter em mente o chamado ABCD da transformação de uma pinta em melanoma, conforme descrição abaixo:
 • Assimetria - uma metade diferente da outra
Bordas irregulares - contorno mal definido
Cor variável - vários tons da mesma cor ou várias cores numa mesma lesão: preta, cinza, castanho claro, castanho escuro, branca, avermelhada ou azul
Diâmetro - maior que 6 mm
Como fazer?
1) Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e os lados direito e esquerdo;
2) Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas;
3) Examine as partes da frente, detrás e dos lados das pernas além da região genital;
4) Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como a região entre os dedos;
5) Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas;
6) Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas.


Fontes: Luiz Guilherme Martins Castro, assessor médico do serviço de Dermatologia do Fleury, e Instituto Nacional do Câncer (Inca)
Este material foi elaborado pelo Fleury, tendo caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico. 

Fonte: Fleury

Desembargador. Conectado com o futuro.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Tablets para os Professores

'Vamos começar pelo professor', diz Mercadante sobre projeto de R$ 180 mil que levará tablets a escolas públicas


Ministro promete dar dispositivo somente a escolas e professores preparados.

Renata Honorato
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 (J. Freitas/Agência Senado )

Os dispositivos, das marcas Positivo e CCE, custarão entre 272 e 278 reais por unidade e já estão sendo distribuídos em alguns estados. Para garantir o melhor aproveitamento dos tablets – e dos recursos –, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, promete distribuir os equipamentos somente a 52.000 escolas que contam com acesso à banda larga e a professores que passarem por um treinamento. "Vamos começar pelo professor, porque é muito mais seguro pedagogicamente"

Não só à banda larga. O estudo aponta a necessidade de aprimoramentos em relação à infraestrutura. Seguramente, isso é um problema. A estrutura que nós temos no Brasil precisa ser aperfeiçoada. Temos ainda escolas sem energia e sem água. Então, estamos agora lançando um programa para superar essa deficiência. Em algumas áreas do Brasil, como Norte e região amazônica, não se consegue levar banda larga por fibra ótica. O governo vai lançar o satélite, até meados de 2014, para poder atender a população ribeirinha e o conjunto da Amazônia. Não se consegue transpor a selva e atingir os 24 milhões de habitantes, especialmente as pequenas cidades, por fibra ótica.

Especialistas afirmam que dispositivos eletrônicos só são úteis em sala de aula se forem acompanhados de projeto pedagógico consistente e de professores bem treinados. Qual o projeto pedagógico do MEC para os tablets? Estamos disponibilizando nos tablets o Portal do Professor, onde há uma série de elementos para preparar as aulas – já temos disponibilizadas 15.000 aulas. Além disso, vamos oferecer a partir de abril, através de um convênio com a fundação Lemann, todas as aulas de matemática, física, biologia e química do professor Khan. Esse material será traduzido para o português: tanto os exercícios quanto as aulas, que são reconhecidas como conteúdos de excelência, vão subsidiar o processo de preparação pedagógica. Também vamos disponibilizar o portal Domínio Público, onde há uma série de publicações especializadas, revistas de circulação nacional na área de educação, jornais e também toda a coleção de educadores como Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Anísio Teixeira e todas as grandes figuras da história da educação brasileira. Além disso, estamos distribuindo para as escolas um projetor digital wi-fi, através do qual o professor pode reproduzir o conteúdo do tablet em sala de aula, o que vai aprimorar a didática com alunos. Se ele vai dar uma aula de biologia e quer fazer uma apresentação de células, terá à disposição imagens para isso.


Esse projeto pedagógico funcionará através de aplicativos instalados nos tablets? Isso mesmo. Esses tablets vão rodar Android (sistema para dispositivos móveis do Google) e todos os nossos portais estarão adaptados para tablets. Então, eles acessarão esse material através de aplicativos e versões para internet.


Como vai funcionar o treinamento dos quase 600.000 professores que receberão os tablets? Tanto o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, autarquia do MEC) quanto a Secretaria de Educação Básica têm equipes especializadas nessa área de tecnologia da informação e educação. Já temos uma rede em funcionamento (ProInfo), que foi acionada para incluir digitalmente 320.000 professores. Estamos agora ampliando esse programa. Uma parte dos cursos será presencial e a outra será feita através de ensino à distância. Doamos para a Universidade Federal de Pernambuco um grande equipamento para a computação em nuvem. É um data center de grande capacidade. A partir dele, atenderemos a demanda vinda do Portal do Aluno, praticamente concluído.


esquisa do CGI (Comitê Gestor de Internet) divulgada em agosto revelou um quadro desolador entre professores de escolas públicas: só 44% sabem fazer pesquisas na internet, 64% afirmam que alunos sabem mais do que eles sobre computador e internet e 75% não recebem qualquer formação na área. Como esperar bons resultados nessas circunstâncias? Sabemos disso e por isso estamos começando pelos professores. O tablet é um instrumento indireto que permite levar o melhor da internet para a sala de aula. Temos 2 milhões de professores no Brasil e 600.000 não têm graduação. Metade desses 600.000 está se graduando agora. Esse é o histórico do Brasil. Em 1648, quando a Universidade Harvard foi criada, já existiam 13 universidades na América Espanhola. A primeira universidade do Brasil é de 1922. Temos um atraso histórico. Ao mesmo tempo, temos crescido mais rapidamente do que outros países e podemos aprender com eles e com seus erros. Atualmente, o Brasil ocupa a 13ª posição entre as nações com maior produção científica, é o terceiro país em termos de venda de computadores. O país está se modernizando e a escola precisa participar desse processo. E vamos começar pelo professor, porque é muito mais seguro pedagogicamente. A escola precisa estar aberta ao século XXI. Hoje, os professores são do século XX e os alunos, do século XXI.


Tablets são muito bons para consumir informação, mas nem tanto para produzir conteúdo, a começar pela escrita de textos. Os dispositivos são mesmo adequados para professores, que precisam consumir conhecimento e também reelaborá-lo? Os tablets não substituem o laptop, mas são amigáveis e adequados a pesquisas pedagógicas e apresentações em sala de aula. Para escrever e produzir, o computador é indispensável, mas para essa função básica, que é a que queremos analisar nesse momento, ele é um instrumento eficiente, principalmente associado ao projetor digital.


A Coreia do Sul anunciou recentemente que pretende usar os tablets como suporte para todos os seus livros didáticos até 2015. O senhor quer seguir nesse caminho? Os livros didáticos hoje são indispensáveis no Brasil, no processo de aprendizado e na experiência pedagógica. O conteúdo digital é um conteúdo adicional no processo de aprendizado. Não temos no horizonte nenhuma possibilidade de fazer essa opção. O caminho do Brasil é outro, o ritmo do Brasil é outro, as condições são outras. Não vamos abrir mão dos livros didáticos.

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Entrevista: Christopher Dede

'Dispositivos móveis podem revolucionar a educação'

Tablets e smartphones podem, pela primeira vez, integrar mundos dentro e fora da escola, diz professor da Faculdade de Educação da Universidade Harvard

Nathalia Goulart
Alunos do Colégio Visconde de Porto Seguro utilizando o iPad
 Alunos do Colégio Visconde de Porto Seguro utilizam o iPad na sala de aula (Breno Rotatori)

"É preciso, em primeiro lugar, ter um propósito educacional e só depois escolher que tecnologia melhor se adequa a esse plano"
O retorno às aulas em ao menos duas escolas paulistanas é promissor. O motivo: essas instituições passarão a adotar, de forma sistemática e programada, o tablet em sala de aula. Para Christopher Dede, professor e pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade Harvard, a ferramenta é promissora. "Graças a dispositivos como tablets e smartphones, é possível, pela primeira vez, unir de maneira tão integrada o mundo dentro e fora da escola", diz o especialista. Dede, no entanto, faz ressalvas. "Os educadores pensam em tecnologia como mágica e acreditam que apenas usando o computador ou a internet coisas boas vão acontecer. Na educação as coisas não funcionam dessa forma", salienta. Ao adotar novos aparatos, as escolas devem estar munidas de um projeto pedagógico consistente, ou os aparelhos perdem sentido. Fazer dessas tecnologias ferramentas pedagógicas é, portanto, o grande desafio da escola do século XXI. Confira a seguir os principais trechos da entrevista que Dede concedeu a VEJA.


A tecnologia ainda é um desafio para a educação. Por quê? Os educadores pensam em tecnologia como mágica e acreditam que apenas usando o computador ou a internet coisas boas vão acontecer. O fogo é assim: você acende e já desfruta dos benefícios dele. Mas na educação as coisas não funcionam dessa maneira, não é possível obter resultado algum apenas sentando-se ao lado de um laptop ou tablet. A tecnologia precisa ser pensada como um catalisador, uma ferramenta que propicia mudanças. Essas transformações, sim, são poderosas. Ou seja, se um professor usa o tablet para aprofundar currículo, melhorar suas práticas em sala de aula e dar acesso à informação, então podemos dizer que a tecnologia foi usada de maneira efetiva e, de fato, provocou mudanças.

Leia mais sobre o assunto:
Enfim, o badalado tablet chega à sala de aula

Christopher Dede, da Faculdade de Educação de Harvard
Christopher Dede, da Universidade Harvard
Podemos dizer que os professores não estão preparados para a tecnologia? Não acredito nessa hipótese. Na vida pessoal, os professores lidam com a tecnologia de forma natural: eles usam computador, celular, fazem videoconferências e, em breve, usarão o tablet. A questão é: eles sabem utilizar tudo isso em prol da educação? O que acontece é que eles ainda não sabem como inserir a educação nesse contexto digital. Eles acreditam que basta usar o celular em uma aula para que seus alunos aprendam mais.


As escolas brasileiras apenas começam a discutir o uso do tablet na sala de aula. As instituições americanas parecem mais avançadas nesse sentido. Como senhor avalia a experiência até o momento? Nos Estados Unidos, creio que o processo se deu de forma inversa da ideal. Aqui, as escolas adquiriram iPads sem ter em mente quais mudanças esses aparatos poderiam trazer para a prática pedagógica. Essa não é a maneira como as coisas devem acontecer. É preciso, em primeiro lugar, ter um propósito educacional e só depois escolher que tecnologia melhor se adequa a esse plano. O problema é que esses aparelhos têm um apelo comercial muito grande. As empresas querem vender seus produtos e, para isso, dizem que podem satisfazer todas as necessidades da escola. Mas sabemos que isso não é verdade. Não existe um único aparelho capaz de fazer tudo. Nos Estados Unidos, muita gente não pensa dessa maneira, infelizmente. E só depois percebem que compraram algo que não valia tanto assim.


É possível medir o impacto da tecnologia no desempenho acadêmico dos alunos? Existem muitas evidências de que, quando a tecnologia é usada de maneira efetiva, ou seja, quando é identificado um propósito e estruturado um projeto para atingi-lo, ela pode melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Isso porque a escola se torna mais atrativa para o aluno. Perguntar qual o efeito da tecnologia na escola é o mesmo que perguntar qual o efeito do quadro negro na sala de aula. Depende do que se escreve nele. Agora, se pesquisarmos apenas se a tecnologia tem um efeito positivo na educação, sem levar em conta em que contexto ela foi inserida, não teremos uma resposta. Quando analisamos pesquisas sobre os projetos bem realizados, que estão preocupados com as transformações que a tecnologia pode nos proporcionar, então, sim, existem muitas evidências de que a tecnologia é um ótimo investimento em termos de aprendizagem.


Alguns analistas apontam que o tablet tem poder de revolucionar a educação devido à sua portabilidade e interatividade. O senhor compartilha desse pensamento? Sim. Graças a dispositivos como tablets e smartphones, é possível, pela primeira vez, unir de maneira tão integrada o mundo dentro e fora da escola, porque os alunos terão esses aparatos sempre à mão. Então, não se trata apenas de aprender dentro da escola. O conhecimento passa a estar disponível para o aluno durante todo o dia: ele pode aprender a qualquer momento, pode tirar fotos em qualquer lugar, levá-las para a sala de aula, discuti-las com amigos, mostrá-las aos professores. É um grande passo o fato de que podemos armazenar todas esas informações em um celular ou um tablet e depois usá-las em prol da educação. Mas só sentiremos o impacto disso tudo à medida em que todos os alunos tenham acesso a esses aparelhos.


Recentemente, a Coreia do Sul anunciou que irá aposentar todos os livros escolares até 2015, fazendo do tablet uma importante ferramenta pedagógica. Como o senhor avalia essa notícia? Existem dois aspectos a serem analisados. Um deles é a migração de conteúdo impresso para o meio digital. Se este for mais barato, atualizado mais rapidamente e mais interativo, então espero ver o fenômeno da Coreia do Sul se repetir em muitos lugares do mundo. O segundo aspecto é que muitas pessoas dizem que não precisaremos mais do conteúdo dos livros impressos, porque qualquer pessoa poderá criar seu próprio conteúdo e disponibilizá-lo na internet. Em relação a esse último aspecto, sou muito mais cético.


Que conselho o senhor daria para as escolas que estão pensando em adotar o tablet na sala de aula? A coisa mais importante a se pensar é que o tablet não é a grande inovação. Ele não deve ser o foco do investimento das escolas. Eles devem se preocupar em primeiro lugar em oferecer um currículo mais atraente e práticas pedagógicas mais inovadoras. Quando isso estiver claro, será hora de pensar de que maneira elas farão isso. Repito: é preciso ter em mente um objetivo claro e só depois pensar nos meios para atingir essa meta.

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Educadores não podem temer novas tecnologias

Editora Salete Toledo diz que escolas precisam se abrir às novidades - que alunos já dominam

Nathalia Goulart
Escola e tecnologia

A educação não pode mais ser planejada no contexto da "era de Gutemberg" - ou seja, dos tipos móveis e, portanto, do livro de papel. Na visão de Salete Toledo, especialista em educação e editora executiva da Edições SM, é preciso pensar o ensino em constante contato com as novas tecnologias e mídias. Para isso, os currículos escolares precisam assimilar as tecnologias, o que, na visão de Salete, demanda transformações nas intituições de ensino. "Nossa escola segue um modelo fechado. Precisamos de um ambiente onde possam circular mais informações, e essas informações estão fora dos muros da escola", diz a especialista, convidada a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo. Confira a seguir os principais trechos da entrevista com ela.


No âmbito da educação, as novas tecnologia vêm sendo aplicadas de maneira efetiva no Brasil?
De maneira geral, o uso das mídias ainda não é efetivo. Existem algumas experiências em curso, mas são projetos incipientes e ainda há um longo caminho a ser percorrido. O projeto Um Computador por Aluno, por exemplo, é uma experiência efetiva. Também temos escolas – principalmente as particulares – que usam recursos para ministrar aula interativas, como as lousas digitais. Essa realidade, porém, ainda não está disponível para todos os estudantes e professores.


Uma recente pesquisa da Fundação Victor Civita mostrou que 72% dos entrevistados não se sentem seguros em utilizar computadores na escola. Como a senhora enxerga essa situação?
Ainda existe um investimento a ser feito na formação dos professores. Algumas universidades começam a tratar das novas tecnologias em seus currículos, mas esse ainda é um fenômeno muito recente. A dificuldade dos professores é fruto de falta de conhecimento.


Quais os maiores desafios em matéria de integração da tecnologia às escolas?
A primeira dificuldade está na escola. Nossa escola hoje é uma escola fechada e com horários determinados. Precisamos de um ambiente onde possam circular mais informações. E essa informações estão fora dos muros da escola. É preciso pensar também em uma mudança de currículo e da forma como encaramos a escola. O papel do professor mudou – ele já não é mais o detentor do conhecimento, mas apenas o mediador e precisa de orientação para isso. Essa é a grande reflexão que precisa ser feita: dentro dessa nova realidade, o que podemos fazer para ajudar esse professor a se aproximar dessa realidade tão viva que está fora da escola? Os desafios são variados, vão desde o material que o docente não possui até a própria visão do que a escola é. Esses são os grandes desafios – e eles são grandes mesmo!


A escola muitas vezes é descrita pelos alunos como cansativa e pouco atraente. A incorporação das novas tecnologias pode aumentar o interesse dos alunos pelos conteúdos?
Elas facilitam na medida em que são usadas de forma significativa. Se eu quiser apresentar um conteúdo de gramática usando o computador da mesma forma que faria sem a máquina, não teremos nenhum impacto, e o aluno terá, igualmente, pouco interesse. Porém, se eu usar uma tecnologia para fazer com que o aluno participe do conhecimento e construa junto com outros colegas conceitos, textos e projetos, isso pode ser interessante. O aluno já faz isso fora da escola, mas a escola ainda não se apropriou disso. Se as tecnologias forem usadas de um modo significativo para o aluno, com certeza ele vai se sentir participante, porque deixará de ser expectador e passará a ser colaborador. Não é mais possível pensar em uma educação na era de Gutemberg. Não temos mais livros apenas. Temos livros, filmes, celulares, laptops etc. Temos uma quantidade enorme de possibilidades.


Temos bons exemplos de professores que já incorporaram a tecnologia?
Conheço professores, jovens principalmente, que já tomaram essa iniciativa. Outro dia, um professor de inglês me contou que pede para seus alunos consultarem um dicionário no celular. Isso é proibido em outras escolas, mas ele conseguiu dar a isso uso significativo dentro da aula. Ele deu sentido à tecnologia. Muitas vezes, o aluno se perde no uso do computador e da internet na sala de aula porque falta sentido e foco na atividade.


Os celulares já são amplamente acessíveis e oferecem muitas possibilidades - fotos, filmagens, mensagens e mesmo a internet. Contudo, a maioria das escolas prefere proibi-los, assim como o uso das redes sociais e de outros aparatos. Essa é uma atitude correta?
Proibir o uso do celular é nadar contra a corrente. O jovem usa o celular da mesma forma que usa boné. Precisamos descobrir maneiras de usá-lo pedagogicamente. E ele pode ser uma ferramenta importante para trabalhar a questão do conhecimento colaborativo. Vivemos em uma era digital, já não é o conhecimento particular e individual que prevalece. E o celular é isso, é uma forma de transmitir conhecimento. Claro que algumas escolas proíbem porque não sabem o que fazer com o aparelho.


Em termos de tecnologias na educação, o que se deve evitar?
É preciso ter muito claro o objetivo de cada proposta ou tudo fica muito solto. Se o aluno tem foco, ele não vai usar a internet pra procurar outras coisas além daquilo que está sendo pedido. Se o professor der foco, os conhecimentos se tornam significativos. O que o professor deve evitar, então, é deixar tudo muito aberto e assim se distanciar do universo do aluno. O professor tem que se aproximar para conquistar o aluno.

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Em breve, pais decidirão: dar uma pilha de livros ou um tablet aos filhos

Acervo, em formato digital, de obras voltadas a crianças e adolescentes cresce. Para educadores, leitura no dispositivo não traz prejuízos ao aprendizado

Nathalia Goulart
Crianças com iPad
 (Thomas Tolstrup/Getty Images)

O escritor italiano Italo Calvino dizia que clássicos são os livros que propagam valores universais e despertam emoções que, a despeito do tempo decorrido desde a leitura, jamais são esquecidos. "Constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado", escreveu. Cientes dessa riqueza, geração após geração, muitos pais se preocupam à certa altura da vida em reunir esse tesouro em uma estante, presenteando os filhos com uma seleção dos melhores livros. A tecnologia vai adicionar, de maneira crescente, uma questão a essa tarefa: franquear aos filhos uma coleção de livros ou um tablet ou e-reader, o leitor de livros digitais (ebooks), aos quais clássicos e outras tantas obras podem ser adicionados?


Sim, muitos clássicos já estão disponíveis para tablets e e-readers, muitos mais estão a caminho e o mesmo vale para obras contemporâneas que servem à formação e ao deleite de crianças e adolescentes. Em língua portuguesa, já é possível ler nos dispositivos fábulas narradas pelos irmãos Grimm, A Menina do Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, e as instigantes aventuras de Julio Verne, como Viagem ao Centro da Terra, entre outros – confira a relação, acrescida de livros de leitura obrigatória da Fuvest. É apenas uma pequena parcela do que já se faz em língua inglesa, por exemplo, que conta com milhares de obras prontas para a leitura. "Estamos próximos da virada digital", afirma Mauro Palermo, diretor da Globo Livros, que até o fim deste ano vai colocar nos tablets todo o seu acervo infanto-juvenil – incluindo os clássicos assinados por Monteiro Lobato. "É um caminho sem volta", diz.


A ideia de tirar o tradicional livro impresso das mãos das crianças e trocá-lo por um iPad, da Apple, ou similar pode assustar os pais. Mas não causa a mesma reação nos estudiosos. Para estes, não existem restrições para leitura na nova plataforma. "O universo digital exerce fascínio nos jovens e, com ajuda dos tablets, pode apresentar a leitura para esse público de forma surpreendente", afirma Marcos Cezar Freitas, pedagogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Continue a ler a reportagem


Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (USP), vai mais longe. Ele acredita que o dispositivo eletrônico se coloca, com sucesso, como alternativa ao formato secular do livro impresso em papel. "Trata-se de um novo mundo", diz. A principal vantagem, na visão dele, é a praticidade – a capacidade dos tablets e e-readers de "carregar" centenas e até milhares de obras. Isso, é claro, facilita a vida de todos os usuários, mas especialmente das crianças e adolescentes, sempre às voltas com pilhas de obras de leitura obrigatória. "Se é possível carregar diversos livros em um único aparelho, por que não aproveitar essa facilidade?" Do ponto de vista do ensino, não há perdas para o aprendizado, defende Soares. "O que importa é o que se lê. Não onde se lê."


Não há razões pedagógicas, portanto, para as editoras pouparem esforços na transposição de suas obras para o formato digital. Elas agora estão de olho nas razões de mercado – e elas são animadoras. Em 2010, os brasileiros importaram oficialmente 64.000 iPads, segundo dados da Receita Federal – isso não incluiu aparelhos que cruzaram a fronteira na bagagem de turistas que voltaram ao país, nem rivais como o Galaxy Tab, da Samsung, ou e-readers. A expectativa é que até o fim deste ano sejam vendidos mais 300.000 aparelhos da Apple por aqui. Some-se a isso os dispositivos das demais marcas e também os leitores de ebooks. "Nossos investimentos estão crescendo de acordo com a ampliação do mercado consumidor", diz Breno Lerner, superintendente da Editora Melhoramentos. Por ora, a empresa já oferece versões digitais dos livros de Julio Verne e Ziraldo, além da coleção Sherlock Holmes.


A Abril Educação – grupo que reúne as editoras Ática e Scipione e é controlado pela família Civita, que também é dona da editora Abril, que publica VEJA – é outra que vai reforçar o acervo disponível para crianças e jovens. A empresa em breve colocará nas mãos dos jovens leitores obras de autores cujo leitura tornou-se quase compulsória no país, caso de Ana Maria Machado e Marcos Rey. "As novas plataformas, como os tablets, são um desafio do qual não vamos nos furtar", diz Ana Teresa Ralston, diretora de tecnologia de educação e formação de professores da Abril Educação.


O preço é também um atrativo. Superada a aquisição do próprio dispositivo (a partir de 1.700 reais, no caso do tablet, e 650 reais, para o leitor de ebook), compra-se obras de Machado de Assis e Eça de Queirós, por exemplo, por menos de 4 reias nas lojas virtuais da Apple e da Amazon. A versão impressa sai, no mínimo, pelo dobro. Na loja virtual Aldiko, para a tecnologia Android, sistema operacional que dá vida ao Galaxy Tab, há obras gratuitas – ainda em pequeno número em português, é verdade. Mas essa oferta deve crescer à medida que cresça a demanda – e vice-versa: a procura maior deve forçar a oferta de mais títulos. "A tendência é de expansão", diz Lerner, da Melhoramentos. Para quem ainda se assusta com a ideia de ver uma criança lendo clássicos próprios para a idade como A Ilha do Tesouro ou Vinte Mil Léguas Submarinas em um tablet, vale a lição de Ismar de Oliveira Soares, da USP: o que importa é o conteúdo.

Fonte: Revista VEJA

Desembargador. Conectado com o futuro.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Início do ano letivo 2012.

Nossa Diretora Sônia Lopes, iniciou sua fala de saudação no primeiro dia de reunião dos Professores após as férias,  com palavras de gratidão a todos que trabalharam no Desembargador em 2011...  Em tempo, solicitou esperança na Educação, encorajando a todos os que estão chegando.
"_O Desembargador recebe de braços abertos todos os professores concursados e os que vieram de outras Unidades Escolares.  Agora vocês também fazem parte da Família Desembargador!!
        
                                     Sejam bem-vindos!!! "

SÔNIA LOPES
MADALENA PREVOT E MARIA INÊS APRESENTANDO A GIDE.
PASTAS PARA OS DIÁRIOS...
APAGADORES, CANETAS PARA OS QUADDROS, ETC.

APRESENTAÇÃO DO INFORMATIVO 2012: (foi distribuído  aos pais e professores, nele encontramos as diretizes para o bom funcionamento do nosso Colégio, destacando: Quem somos, missão, uniformes, sistema de avaliação, frequência, normas de convivência, atitudes não permitidas, etc )
ÉVELIN  E ILSA PATICIPANDO DA ENCENAÇÃO....
MARIA LUIZA TAMBÉM ESTAVA NA BRINCADEIRA...
ÉVELIN...
COORD. ROSIMERY
TODOS OUVINDO O FINAL DA HISTÓRIA.
 MORAL DA HISTÓRIA: NÃO OUÇA AS PALAVRAS NEGATIVAS,
 SIGA SEMPRE EM FRENTE, CONQUISTE SEUS OBJETIVOS!!!



Parabéns a equipe!!!
Direção: Sônia Lopes, Alda Mello e Gracina Borges. 
Coordenadoras:Aline Felix, Rosimery Almeida, Eliane      Medina, Kátia Terena, Maria Inês Borges e Nilma Valente. OTs: Luciene Torres e Rita kiuchi

FELIZ 2012!!! 
VAMOS LÁ PESSOAL, MAIS UM ANO LETIVO NOS AGUARDA...UM ABRAÇO A TODOS!!!


Desembargador. Conectado com o futuro.