terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Desembargador está no CONEXÃO ALUNO...

27/08/10
Por Ana Paula Verly
Só de ouvir a palavra “game”, Hallan Peixoto, de 15 anos, já se anima. Mesmo sem saber direito de que se tratava, entrou na fila para se inscrever nas Olimpíadas de Jogos Digitais e Educação (OJE), na última terça-feira, 24 de agosto, no Colégio Estadual Desembargador José Coelho da Rocha Junior, em Rio Bonito, onde estuda. Neste dia, a unidade recebeu um evento organizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) para incentivar os alunos do Ensino Fundamental (8º e 9º anos) e do Ensino Médio a participarem da competição online.

Eu adoro jogos. Então, imagino que as Olimpíadas sejam legais”, resumiu Hallan, cercado de amigos igualmente interessados.

A empolgação ficou ainda maior quando uma dupla de animadores subiu ao palco para convocar estudantes e professores a esquentarem as turbinas para o jogo. Os desafios foram: quiz, soletrando e trava-língua. A diretora Sônia Lopes ficou bastante satisfeita com a adesão dos alunos.


Os alunos demonstraram grande interesse pela OJE
“A iniciativa tem tudo para funcionar. Os professores e os alunos estão animados, a direção está empenhada e a orientadora pedagógica, bastante motivada”, comemorou.

Quem quiser participar pode se inscrever aqui. Cada equipe deve ter entre quatro e seis alunos e um professor – escolhido por eles – como orientador. O professor orientador vai ajudar a equipe nos 18 jogos das Olimpíadas com o objetivo de acumular pontos. A ideia do projeto é trazer o universo digital para a área pedagógica e despertar o interesse pelo conteúdo acadêmico.

“O jogo é instrutivo. Ninguém aguenta mais só copiar o que está no quadro. O aluno, quando só copia, não interpreta”, defende Rita.

O professor de Física Veriano Catinin também destaca o cunho pedagógico do jogo, pois o conteúdo das disciplinas é trabalhado por meio de novas mídias.

“Eu me interessei porque sou a favor do uso da tecnologia na escola. Nas minhas aulas, uso principalmente simuladores e computadores”, justificou.

Depois de conhecer a OJE, a aluna do 1º ano do Ensino Médio, Giovana Dias, de 15 anos, resolveu assumir o desafio.

“Vou me preparar para as os jogos. Gosto muito de História e Geografia. Acho que tenho chances”, disse Giovana.

O evento também teve a participação de alunos dos colégios estaduais Barão do Rio Branco, de Rio Bonito, Sérvulo Mello, de Silva Jardim, e Maria Veralba Ferraz, de Cachoeiras de Macacu.

A MATÉRIA NO CONEXÃO ALUNO: clique aqui

Desembargador. Conectado com o futuro.

A impotância da música no desenvolvimento e aprendizagem...



Olá pessoal, esta semana estamos recebendo o "Projeto MPB nas escolas" depois de ver e ouvir o material enviado pela SEEDUC para as escolas estaduais, observei o quão enriquecedor será para os alunos e professores que se interessarem pelo projeto.
Os professores e alunos entrão em contato através de DVDs, com a história do Samba, Bossa Nova, Choro, Festivais, Sertanejo, de uma forma agradável e muito bem feita. Os professores já podem pedir na sala da Direção, os DVDs para iniciarem o Projeto.

Encontrei este vídeo e quero compartilhar com vocês. Muito lindo o trabalho desenvolvido e como realmente a música pode ser utilizada na aprendizagem. É isso aí! espero que gostem, pois este trabalho é encantador..Um abração a todos.
Luciene




Parabéns a Professora Neuzeli a seus alunos e escola!!!

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Desembargador. Conectado com o futuro.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Semana Estadual da Pessoa com Deficiência.


LEI Nº 5.810 DE 25 DE AGOSTO DE 2010
INSTITUI NO CALENDÁRIO OFICIAL DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO A SEMANA ESTADUAL
DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.

O Governador do Estado do Rio de Janeiro Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:


Art. 1º Fica instituída a semana do dia 21 a 28 de agosto como a Semana Estadual da Pessoa com Deficiência para sensibilizar e conscientizar a sociedade e os órgãos públicos e privados sobre os direitos fundamentais de cidadania das pessoas com deficiência e para promoção das ações de organizações, no Estado do Rio de Janeiro,
como oportunidade para estimular debate sobre os temas da
deficiência.


Art. 2º As comemorações da Semana Estadual da Pessoa com Deficiência ocorrerão, anualmente, no período de 21 a 28 de agosto.

Art. 3º A Semana Estadual da Pessoa com Deficiência consistirá de um programa oficial que contenha atividades sobre a temática do deficiente, inclusão social, educação especial, geração de oportunidades de trabalho, esporte lazer para pessoas com deficiência, divulgação de avanços técnico-científicos e médicos que visem ao
bem estar dos deficientes.

Art. 4º As Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos; Secretaria de Educação; Cultura; Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços;Turismo, Esporte e Lazer; e a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, contarão com o apoio do Conselho Estadual para Política de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CEPDE, e das demais entidades de defesa das pessoas
com deficiência para realização de atividades, eventos e debates em comemorações alusivas à Semana Estadual da Pessoa com Deficiência do Estado do Rio de Janeiro.


Art. 5º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2010

SERGIO CABRAL
Governador
Projeto de Lei nº 2449-A/2009
Autoria: Deputado Sabino

Colaboração da Professora : Andréia Catinin
Fotos: Google imagens/ Luciene Torres
Desembargador. Conectado com o futuro.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Corrida: Treinos para iniciante, intermediário e avançado...

Olá amigos, temos visto e ouvido muitas coisas sobre os benefícios da corrida para nossa saúde.
Leia a matéria abaixo e não se esqueça de consultar um ortopedista para escolher o melhor tipo de tênis para sua pisada e um cardiologista para saber como anda o seu coração. Ok!!

Correr na rua é uma das formas mais simples de se exercitar, mas que requer alguns cuidados especiais.

A rua lhe permite treinar a qualquer hora do dia, em qualquer dia, de acordo com a sua disponibilidade. Ela também oferece uma variedade enorme de percursos com subidas e descidas que ajudam a adaptar o seu treino ao seu nível de condicionamento físico.

Mas correr na rua também oferece alguns riscos como tomar cuidado com o trânsito, faróis, poluição dos carros, terreno em desnível e com possíveis buracos.

Muitas pessoas optam por correr em parques onde não há movimento de carros, mas em termos de poluição, sabemos que as árvores liberam a noite, todo o gás carbônico sugado durante o dia. De qualquer forma ainda é melhor correr em parques do que em ruas com grande movimentação.

Tome sempre cuidado com a hidratação, aquecimento, alongamento e roupas apropriadas para a atividade.

Não se exceda. Respeite o seu limite e faça um treino bem orientado e de acordo com a sua condição física.

Veja abaixo algumas sugestões de treinos: Iniciante, Intermediário e Avançado.

Iniciante:
3x por semana em dias alternados

2 semanas, sendo:
2 minutos caminhando, 1 minuto correndo alternadamente por 30 minutos.

2 semanas, sendo:
2 minutos caminhando 2 minutos correndo por 40 minutos.

2 semanas, sendo:
5 minutos caminhando, 5 minutos correndo por 40 minutos.

2 semanas, sendo:
1 minuto caminhando, 5 minutos correndo por 36 minutos.

2 semanas, sendo:
5 minutos caminhando 10 minutos correndo por 45 minutos.

2 semanas, sendo:
5 minutos caminhando 20 minutos correndo.

2 semanas, sendo:
30 minutos correndo em terreno plano.
30 minutos correndo em terreno variado.


Intermediário:
4x por semana em dias alternados

2 semanas, sendo:
30 minutos (primeiro dia), 40 minutos (segundo dia da semana), 40 minutos (terceiro dia da semana), 50 minutos no plano (quarto dia da semana).

2 semanas, sendo:
30 minutos, 40 minutos, 40 minutos, 50 minutos em terreno variado.

2 semanas, alternando o ritmo: trote, moderado e forte por 30 minutos.

2 semanas, alternando o ritmo por 40 minutos.

2 semanas alternando plano e ladeira por 40 minutos.


Avançado:
4x por semana em dias alternados

2 semanas, sendo:
40 minutos, 50 minutos, 50 minutos, 10 km.

2 semanas, sendo:
50 minutos no plano, 50 minutos em terreno variado, 60 minutos no plano, 10 km.

2 semanas, sendo:
40 minutos em ladeira, 50 minutos alternando o ritmo, 10 x 400 m (tiros) velocidade alta e recuperação na volta, 12 km.

2 semanas, sendo:
40 minutos em ladeira, 50 minutos alternando o ritmo, 10 x 800 m (tiros) velocidade alta e recuperação na volta, 12 km.

2 semanas, sendo:
60 minutos em terreno variado, 40 minutos em ladeira, 10x 1100(tiros), 12 km.

Faça um trabalho de fortalecimento muscular com musculação 3x por semana e muito alongamento antes e depois dos exercícios. Se possível, faça aulas de alongamento 2x por semana.

Por:
Valéria Alvin Igayara de Souza
CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento.

Cyberdiet 08-08-05

Desembargador. Conectado com o futuro.

Centro Internacional SARAH de Neurorreabilitação e Neurociências Sarah


O HOSPITAL SARAH RIO, especializado em neuroreabilitação, inaugurado no dia 01 de maio de 2009, na Barra da Tijuca, já está cadastrando para atendimento, novos pacientes adultos e crianças com as seguintes patologias:

· Paralisia cerebral
· Crianças com atraso do desenvolvimento motor
· Sequela de traumatismo craniano
· Sequela de AVC
· Sequelas de hipóxia cerebral
· Má-formação cerebral
· Sequela de traumatismo medular
· Doenças medulares não traumáticas como mielites e mielopatias
· Doenças neuromusculares como miopatias, neuropatias periféricas hereditárias e adquiridas, amiotrofia espinhal

· Doença de Parkinson e Parkinsonismo
· Ataxias
· Doença de Alzeihmer e demências em estágio inicial
· Esclerose múltipla
· Esclerose lateral amiotrófica em estágio inicial
· Mielomeningocele
· Espinha bífida
· Paralisia facial

O atendimento é totalmente gratuito.
O cadastro para atendimento de novos pacientes é feito exclusivamente pelos telefones: 21 3543-7600 e 21 3543-7601/2, das 08 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.

http://www.sarah.br/


Endereço:
Embaixador Abelardo Bueno, nº 1.500
Barra da Tijuca
22775-040 - Rio de Janeiro - RJ

Calaboração da professora: Patrícia Denículi

Desembargador. Conectado com o futuro.

domingo, 22 de agosto de 2010

PROJETO : COPA DO MUNDO – ÁFRICA DO SUL 2010

PROJETO : COPA DO MUNDO – ÁFRICA DO SUL 2010


No dia 10 de junho, véspera da abertura oficial da Copa do Mundo na África do Sul, alunos das turmas 2002 e 2004 do curso de Formação Geral, orientados pelas Professoras Elenice Roboredo (Artes) e Lílian Bastos (Espanhol) e a turma 2001 do Curso Normal, sob a orientação da Profª Évelin Araújo do C.E.Desembargador, participaram do projeto “Copa do Mundo – África do Sul 2010”, apresentando para os demais alunos do colégio, coreografias relacionadas às músicas oficiais da copa “Waving Flag” e “Waka Waka” de Shakira, vestindo camisas de malha com desenhos relacionados aos países participantes da copa, confeccionados pelos próprios alunos.
Um trabalho super legal que contou com uma plateia super animada!! curtam as fotos do evento...





Parabéns Lílian, Elenice e Evelin!!! Parabéns queridos alunos!!! continuem sempre assim.
Projetos como este, são inesquecíveis para todos que deles participam...Um abração a todos.

Desembargador. Conectado com o futuro.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Qual é o impacto da mídia no cérebro das crianças?

Cérebro, criança e mídia
“As crianças e jovens de gerações atuais são mais ou menos inteligentes, atentos, capazes de memorizar, do que as de gerações anteriores? Essa é uma boa pergunta para os neurocientistas”, destaca Leonor Bezerra Guerra.

Por Marcus Tavares

Leonor Bezerra Guerra é médica. Mestre e doutora em Ciências e especialista em neuropsicologia. Professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ela coordena o projeto O cérebro vai à escola: um diálogo entre a neurociência e a educação. Trata-se de uma das ações do projeto NeuroEduca, que tem o objetivo de divulgar, informar, orientar e acompanhar profissionais da área de educação sobre conceitos básicos da neurociência relevantes para a compreensão do processo ensino-aprendizagem e das intervenções neste processo.

“Conhecer a organização do cérebro, suas funções, períodos críticos, as habilidades cognitivas e emocionais, as potencialidades e limitações do sistema nervoso pode tornar o trabalho do educador mais significativo e eficiente, contribuindo para o seu entendimento sobre as dificuldades de aprendizagem e para sua orientação em relação às intervenções”, destaca Leonor.

Mas em que medida a mídia impacta o funcionamento do cérebro das crianças e dos jovens, da chamada geração multitarefa, Google, web 2.0? Este foi o foco da entrevista que a revistapontocom realizou com a professora Leonor.

Acompanhe e descubra:

revistapontocomO que é neuropsicologia?
Leonor Bezerra Guerra – A neuropsicologia é a ciência que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento humano. Tem como objetivo estudar e compreender o comportamento humano considerando o funcionamento das diversas estruturas e áreas do sistema nervoso. Ela estuda as funções corticais superiores, como a atenção, a memória, a linguagem, o raciocínio lógico-matemático, a percepção visual, as funções executivas, entre outras funções cognitivas. A neuropsicologia considera “a participação do cérebro nessas funções mentais como um todo, no qual as áreas são interdependentes e inter-relacionadas, funcionando comparativamente a uma orquestra, que depende da integração de seus componentes para realizar um concerto”. Como área específica de estudo, a neuropsicologia tem um desenvolvimento relativamente recente, embora sua fundamentação científica seja resultante de várias décadas de conhecimento e investigação. Desde a antiguidade já se observava que lesões na cabeça produziam alterações do comportamento. Ao longo da história das neurociências, vários estudiosos contribuíram para a constatação de que o comportamento humano tem como substrato biológico o sistema nervoso. Nos séculos XIX e XX, principalmente a partir das décadas de 40 e 50, esses estudos se desenvolveram bastante. Após os anos 90, da chamada Década do Cérebro, os avanços tecnológicos possibilitaram os estudos de neuroimagem associados ao comportamento, o desenvolvimento de técnicas de reabilitação e a divulgação científica por meio de diversas mídias. Esses fatores, associados ao aumento da formação e capacitação de psicólogos na área, são fatores que promoveram uma maior visibilidade da neuropsicologia como se observa hoje. Embora estudada há vários anos, a neuropsicologia é uma área que tem se beneficiado dos avanços recentes das neurociências, das ciências que estudam o sistema nervoso, em particular, o cérebro.

Saiba mais
Mäder, Maria Joana. Avaliação neuropsicológica: aspectos históricos e situação atual.
Psicologia: ciência e profissão, v.16, n.3, p.12-18, 1996.

revistapontocom – O que a neuropsicologia tem a ver com o dia a dia das crianças, dos jovens e da escola? Que contribuições ela traz para a escola/família?
Leonor Bezerra Guerra – Conhecendo-se o desenvolvimento e o funcionamento normais do cérebro pode-se compreender alterações cerebrais, como no caso de disfunções cognitivas e do comportamento resultantes de lesões, doenças ou desenvolvimento anormal do cérebro. Dessa forma, a abordagem das dificuldades de aprendizagem pode ter uma contribuição importante da neuropsicologia. Por meio da avaliação neuropsicológica é possível ter uma ideia das habilidades do aprendiz, verificando se seu desempenho em tarefas que dependem de funções como atenção, memória, linguagem, raciocínio lógico-matemático, percepção visual, funções executivas, entre outras, é similar ao da maioria dos indivíduos ou se há uma diferença no seu desempenho. Havendo uma diferença, o profissional irá tanto investigar as possíveis causas do problema, como propor uma intervenção terapêutica. Importante ressaltar que há muitos outros importantes fatores que podem levar às dificuldades para a aprendizagem, como deficiências nutricionais, visuais e/ou auditivas, problemas respiratórios, falta de períodos de sono, ambiente familiar, situação social, adaptação à escola, estratégias pedagógicas inadequadas, etc. Todos eles devem ser investigados. A avaliação neuropsicológica, bem como a neurológica, não são as “respostas definitivas para qualquer dificuldade para aprendizagem”, mas são avaliações muito importantes para exclusão ou confirmação de hipóteses diagnósticas. Sabendo se o cérebro da criança ou jovem está funcionando, ou não, dentro do esperado para sua idade, por meio da avaliação de suas funções cognitivas, a escola, a família e a equipe multidisciplinar que abordam a dificuldade para aprendizagem podem orientar estratégias de encaminhamento ou intervenção terapêutica adequada a cada caso.

revistapontocom – O que as pesquisas da área vêm revelando sobre a plasticidade dos cérebros das atuais gerações de crianças e jovens?
Leonor Bezerra Guerra – Neuroplasticidade é a propriedade de “fazer e desfazer” conexões entre neurônios. Ela depende de sinais elétricos desencadeados por estímulos ambientais nas células nervosas e de substâncias químicas produzidas pelos neurônios, e possibilita a reorganização da estrutura do sistema nervoso e do cérebro, constituindo a base biológica da aprendizagem e do esquecimento. Não conheço nenhum estudo que tenha avaliado a relação entre funções cognitivas e exposição a novas tecnologias e que demonstre aumento ou diminuição da plasticidade neural nas novas gerações, expostas a alguns estímulos diferentes de gerações passadas. O que ocorre é que diferentes estímulos levam ao aprimoramento ou à perda de diferentes habilidades. O fato é que preservamos as sinapses e, portanto, redes neurais, relacionadas aos comportamentos importantes para nossa sobrevivência. Aprendemos o que é significativo e necessário para vivermos bem e esquecemos aquilo que não tem mais relevância para o nosso viver.

revistapontocom – A plasticidade do cérebro humano está em transformação? Isto é um fenômeno recente? Isto seria positivo ou negativo?
Leonor Bezerra Guerra – A plasticidade do cérebro humano é uma propriedade característica das células nervosas que resulta na reorganização das conexões entre os neurônios conforme os estímulos ambientais recebidos. Portanto “não é um fenômeno recente” e sempre existiu no ser humano desde o seu aparecimento na escala evolutiva, bem como em outros animais. Mas só nas últimas décadas é que a ciência descobriu e esclareceu o fenômeno. Não há nenhum dado na literatura científica que demonstre que a propriedade de neuroplasticidade está em transformação. Ela é influenciada pelos estímulos que recebemos do ambiente. Somos expostos a alguns estímulos e privados de outros e, assim, os estímulos vão moldando nosso cérebro. Usualmente se diz que neuroplasticidade é reorganização cerebral e é a base biológica da aprendizagem. Esta reorganização do cérebro, com formação de novas conexões entre neurônios (sinapses) e perda de outras, é que produz novos comportamentos (conhecimentos, habilidades, atitudes). Portanto, neuroplasticidade é um fenômeno positivo. Sem ela o ser humano não aprenderia.

revistapontocom – Mas em que medida o mundo midiático de hoje (televisão, cinema, celulares, games…) impacta o sistema neural das crianças e dos jovens?
Leonor Bezerra Guerra – As crianças e jovens de gerações atuais são mais ou menos inteligentes, atentos, capazes de memorizar, do que as de gerações anteriores? Essa é uma boa pergunta para os neurocientistas. Não sabemos, ainda. Mas provavelmente elas apresentam diferenças em alguns aspectos de suas funções cognitivas. Há pesquisadores interessados nos resultados da influência do “mundo midiático atual” sobre o comportamento humano, mas ainda não há dados consistentes. É provável que a exposição maior a informações visuais e auditivas em detrimento de informações verbais escritas venha a diminuir as habilidades de linguagem escrita do ser humano e ampliar as habilidades visuais, por exemplo. Pode ser também que a menor interação “corpo a corpo” entre os seres humanos, que agora se comunicam virtualmente, modifique suas habilidades de interação social. Mas não temos, ainda, estudos que comprovem essas mudanças porque esse “mundo midiático de hoje” é relativamente recente. O modo como vivemos, sem dúvida, altera, aos poucos, a estrutura e o funcionamento de nosso cérebro e, portanto o nosso comportamento.

Saiba mais
Vandewater, E. et. al. Digital Childhood: Electronic Media and Technology Use Among Infants, Toddlers, and Preschoolers.
Pediatrics, v.119, n.5, p.e-106-e1015, 2007.

revistapontocom – Podemos afirmar que o impacto do mundo midiático está diretamente associado à área da criatividade das crianças e dos jovens?
Leonor Bezerra Guerra – Afirmações categóricas em ciências não são muito prudentes. O cérebro não possui uma “área da criatividade”. A criatividade depende de diferentes substâncias químicas (neurotransmissores) e áreas do cérebro: áreas relacionadas às percepções, análises dos contextos e atribuições de significados, áreas que comparam experiências anteriores com estímulos novos, áreas que possibilitam formas diferentes de organizar esquemas mentais já registrados, entre outras. Portanto, a criatividade está relacionada ao desenvolvimento de várias regiões cerebrais e ao funcionamento do cérebro como um todo. As diferentes mídias, teoricamente, devido ao seu potencial de estimulação das vias sensoriais, podem contribuir para as modificações de distintas áreas cerebrais relacionadas às percepções auditivas e visuais e aos mecanismos de atenção e memória, por exemplo. Mas ainda serão necessários estudos que avaliem a influência dos diferentes tipos de mídia sobre as funções cerebrais. As neurociências estão contribuindo para o esclarecimento de várias funções cerebrais. Mas estudos em seres humanos envolvem aspectos éticos e algumas dificuldades relacionadas aos métodos, ou seja, a como investigar criteriosamente o assunto. Por isso não temos, ainda, respostas para várias perguntas que nos inquietam. Mas são exatamente as perguntas, a incerteza, que impulsionam a ciência.

revistapontocom – Por que nos dias de hoje se atribui tanto valor, status e poder ao cérebro humano?
Leonor Bezerra Guerra – O cérebro sempre foi um órgão muito importante. Ele e outras estruturas do Sistema Nervoso constituem o sistema orgânico que possibilita a interação do ser humano com o meio em que vive. É o Sistema Nervoso que processa os estímulos do ambiente e produz comportamentos que garantem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie. Mas a ciência só desenvolveu métodos para estudo mais aprofundado sobre os neurônios, neurotransmissores e o cérebro a partir do início do século XX. A tecnologia digital, os avanços da genética, da biologia molecular, da farmacologia e da eletrofisiologia, entre outras áreas, contribuíram muito para os estudos das neurociências. No entanto, a pesquisa na área tem limitações metodológicas e éticas que dificultam a abordagem de algumas questões, já que há comportamentos do homem que animais de experimentação não apresentam. Portanto, o cérebro sempre teve valor, nós é que não sabíamos explicar o seu funcionamento. Conhecendo, valorizamos. E mesmo com todo o avanço das neurociências, ainda há muito o que se descobrir e esclarecer sobre o cérebro e o comportamento humano.

revistapontocom – Em que consiste o projeto O Cérebro vai à Escola?
Leonor Bezerra Guerra – O “Cérebro vai à Escola: um diálogo entre a neurociência e a educação” é uma das ações do projeto NeuroEduca. O projeto pretende divulgar, informar, orientar e acompanhar profissionais da área de educação sobre conceitos básicos da neurociência relevantes para a compreensão do processo ensino-aprendizagem e das intervenções neste processo. O projeto é desenvolvido com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais. Buscamos a melhoria da qualificação do profissional da educação em relação à compreensão do processo ensino-aprendizagem e suas intervenções, com contribuição para mudanças na prática do dia-a-dia do professor; melhoria do desempenho e evolução dos alunos. Em nossas palestras, capacitações e curso de atualização (www.fundep.ufmg.br em cursos – educação), abertos a educadores em geral, incluindo pais, abordamos temas como: contribuições das neurociências para a educação; divulgação científica e a neurociência na educação; como o cérebro funciona no processo ensino-aprendizagem; períodos receptivos do desenvolvimento cerebral; sono, atenção, memória, emoção e função executiva no processo ensino-aprendizagem, exame neurológico, afecções neurológicas, avaliação neuropsicológica, transtornos de aprendizagem, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Consideramos que educar é promover a aquisição de novos comportamentos e que as estratégias pedagógicas utilizadas pelo educador no processo ensino-aprendizagem são estímulos que levam à reorganização do sistema nervoso em desenvolvimento, o que produz as mudanças comportamentais. O educador está cotidianamente atuando nas transformações neurobiológicas que levam à aprendizagem. Conhecer a organização do cérebro, suas funções, períodos críticos, as habilidades cognitivas e emocionais, as potencialidades e limitações do sistema nervoso poderia tornar o trabalho do educador mais significativo e eficiente, contribuindo para o seu entendimento sobre as dificuldades de aprendizagem e para sua orientação em relação às intervenções.

Saiba mais sobre o curso

O curso o Cérebro vai à escola: um diálogo entre a neurociência e a educação propicia aos participantes a oportunidade de conhecer, de forma sintética, alguns aspectos do funcionamento do cérebro durante o processo ensino-aprendizagem e, assim, compreender e discutir questões importantes relacionadas ao trabalho do educador no processo de aprendizagem. Por que o estudante tem dificuldade para se concentrar? Por que os estudantes estão desinteressados? Por que eles esquecem os conteúdos de um ano para outro? Dormir ajuda a aprender? Por que os adolescentes trocam o dia pela noite? Ter aulas é o que nos faz aprender? Lazer ajuda a aprender? Pensar cansa? Por que é verdade que “é de cedo que se torce o pepino”? Quando é melhor aprender uma segunda língua? Quando não aprendemos o problema está sempre no cérebro? Esses, entre outros, serão temas do curso que visa, assim, estabelecer as relações entre a organização morfofuncional do sistema nervoso central e as funções cognitivas envolvidas no processo ensino-aprendizagem.

Ementa
Aspectos estruturais, funcionais e clínicos do sistema nervoso central numa perspectiva neuropsicológica com vistas ao entendimento dos processos de desenvolvimento e aprendizagem.

Programa
. Introdução às dificuldades para aprendizagem;
. Contribuições das neurociências para a educação;
. Divulgação científica e as neurociências na educação;
. Como o cérebro funciona no processo de aprendizagem;
. Organização geral morfofuncional do sistema nervoso central;
. Desenvolvimento do sistema nervoso;
. Córtex cerebral e sistemas funcionais;
. Sono e aprendizagem
. Funções cognitivas: atenção e memória, emoção, função executiva;
. Fundamentos do exame neurológico;
. Fundamentos da avaliação neuropsicológica;
. Transtornos de aprendizagem;
. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.

A reportagem aqui

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nossos alunos do Curso Normal visitam os pontos turísticos do Rio de Janeiro.

Excursão feita com os alunos do Curso Normal,
envolvendo as turmas: 3001, 3002 e 4001, no dia 13 de agosto de 2010.

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Partimos do Desembargador com muita alegria, fomos ao Corcovado para que os alunos pudessem conhecer uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor. Também fomos ao Pão de Açúcar, ver o Rio de Janeiro do alto é uma visão inesquecível...
Observamos o relevo da cidade maravilhosa a beleza da serra, o mar e o céu azul. Observamos também o contraste entre as comunidades e cidade. Foram momentos de aprendizagem, descontração e lazer. O dia estava lindo e os alunos tiveram a oportunidade de conhecer esses pontos turísiticos do Rio de Janeiro contribuindo assim para sua formação.
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Nossos agradecimentos especiais às Professoras Ariane e Andreia e a OE Leiliane que acompanharam nossos alunos nesta visita aos pontos turísticos do Rio de Janeiro. Parabéns alunos e professores!!!


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domingo, 15 de agosto de 2010

Tecendo Redes de Aprendizagens Sociais.

Trabalho realizado através do Projeto Aprender: Tecendo Redes de Aprendizagens Sociais.

Fotos do trabalho realizado pela
Professora Andréia Catinin.

No dia tivemos uma brilhante palestra com a professora Garrolice, que abordou o tema Deficiência numa perspectiva histórica e com dinâmicas envolvendo os alunos presentes. Após a palestra tivemos oficinas com os profissionais Hélio e Silvan, que também trabalharam a deficiência, nesse caso a deficiência visual e noções de Braille e Soroban, respectivamente.


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Foi uma tarde de muito trabalho e aprendizagem.
É importante lembrar que os alunos do Projeto Aprender (Bruna, Emanuele, Fábio, Rosele, Thaís e Very Ellen), colaboraram muito para o sucesso da organização do evento.


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Agradecimento aos professores que colaboraram: Fernanda, Daise, Jaqueline, Veriano, Allan e Maria Luiza.

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sábado, 14 de agosto de 2010

C. E. Desembargador, um dos melhores desempenhos da rede na avaliação do Enem 2009.


Parabéns!!! Professores e alunos do
C. E. Desembargador!!!

Nossa escola está entre as melhores
do Estado do Rio de Janeiro
em relação ao Enem 2009.

Com certeza o empenho e a dedicação de Professores e alunos, foram responsáveis por esta gratificante notícia!!!

Nossa Diretora Sônia Lopes (de listras pretas no canto direito) recebendo o Certificado Escola Nota 10, que foi entregue pela Secretária de Educação Tereza Porto, no dia 12 de agosto de 2010.

Leia a matéria na página da SEEDUC. Clique aqui



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