quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Projeto: Época de Resgate a Paz
















O Colégio Desembargador conta com uma equipe de Professores e alunos dedicados e voltados aos valores éticos, morais e de respeito a cidadania, esse projeto vem demonstrar o valor de todos que participaram das atividades que foram propostas e realizadas. Parabéns queridos Professores e alunos!!! Vocês demonstraram com empenho e dedicação que é possível resgatar a Paz...
Um abração e parabéns a todos!!!!

Época de Resgate a Paz - Culminância da Semana Pedagógica

Professoras: Evelim, Rosane e Fernanda
Educar implica em muita dedicação e paciência. O sujeito precisa se adaptar a uma série de valores, costumes, práticas sociais, etc. que fazem parte de sua cultura, mas, ao mesmo tempo, deve estar atento para a necessária transformação destes valores, naquilo que tem de desumano, de alienado, que precisa ser superado.

Nós acreditamos em uma saída positiva. Não podemos ficar escorados na ilusão de que basta fechar os olhos e aguardar os novos tempos. Trabalhamos esse tema com ousadia e coragem em nosso projeto, envolvendo pais, alunos e a comunidade escolar, estudar princípios, definir "contatos" democraticamente organizados e exercê-los com integral consciência, foi um desafio para todos nós. É época de resgatar a paz!

Abaixo o Projeto:
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C. E. Des. J. Augusto C. da Rocha Júnior
PROJETO
"Época de resgatar a Paz"


JUSTIFICATIVA:
Envolvidos com o artigo da revista ÉPOCA nº 569 de 13 de Abril de 2009, lançamos o projeto SEMANA PEDAGÓGICA unindo O CURSO NORMAL e o FORMAÇÃO GERAL para inúmeras pesquisas sobre o assunto com a culminância propositalmente para Outubro onde fica a SEMANA DA CRIANÇA E DO PROFESSOR.
O QUE FAZER COM CRIANÇAS QUE NÃO RESPEITAM NINGUÉM?

E POR QUE AMOR DEMAIS TAMBÉM ESTRAGA
INTRODUÇÃO:
A escola é um espaço de sociabilidade, onde ocorre a interação dos indivíduos composta por diversos grupos culturais diferentes que se relacionam ao mesmo tempo dentro do espaço escolar. Essa diversidade de cultura exige um trabalho de integração entre todos os indivíduos dos grupos e que as ações individuais contribuam para os objetivos pedagógicos da escola. È importante que esse trabalho de integração aconteça com professor/aluno, aluno/professor, família/ comunidade escolar.
DESENVOLVIMENTO:

A escola deve contribuir para a humanização da criança enquanto ser em desenvolvimento; deve ser reparadora das mazelas da violência que permeiam no cotidiano nestes últimos tempos. Nas conquistas e desafios de Declaração Universal dos Direitos Humanos, incluem-se o exercício da e na cidadania, a ética, os valores morais; estes sem dúvida, devem ser vivenciados na escola, culminando com o (re) significado da infância no século XXI, a partir da legislação dos direitos da criança e do adolescente, garantidos pelo ECA _ Estatuto da Criança e do Adolescente ( Brasil, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990).
Por sua vez, é no ambiente familiar que a criança aprende ou deveria aprender a relacionar-se com as pessoas, respeitar e valorizar as diferenças individuais, desenvolver a empatia e adotar métodos não-violentos de lidar com os próprios sentimentos e emoções e com os conflitos surgidos nas relações interpessoais. Portanto, é nesse contexto que a criança deve aprender a criar mecanismos de defesa e de auto-superação e desenvolver atitudes e valores humanistas que as estruturem psicologicamente e norteiem seu desenvolvimento social.
A família moderna não tem tempo de educar os seus filhos e terceirizou essa função, assim, a escola precisou se responsabilizar pelos conhecimentos pedagógicos, e pela formação do indivíduo. Entre a família e a escola surgi o professor que se transformou num ator a desempenhar vários papéis.
O aluno já chega na escola agredindo o professor com ofensas e gestos violentos. Um dos maiores problemas na escola é a indisciplina dos alunos.

Segundo Aquino (1996), a indisciplina seria talvez o inimigo número um do educador atual cujo manejo, uma vez que se trata de algo que ultrapassa o âmbito didático-pedagógico, imprevisto ou insuspeito no ideário das diferentes teorias pedagógicas.
Então, o que reconhecemos como disciplina?

Na relação professo/aluno é importante que se tenha diálogo, tal qual se faz com os pais. A indisciplina, o choro, o grito são pedidos de socorro de limite, pois é preciso que os educadores percebam as necessidades do educando impondo limites.
Educar implica em muita dedicação e paciência. O sujeito precisa se adaptar a uma série de valores, costumes, práticas sociais, etc. que fazem parte de sua cultura, mas, ao mesmo tempo, deve estar atento para a necessária transformação destes valores, naquilo que tem de desumano, de alienado, que precisa ser superado.
Quando o educando não entende a técnica de disciplina e diverge das regras, se torna um problema para o grupo em que ele vive, pois a falta de disciplina implica no que chamamos de indisciplina.

“Ninguém educa ninguém, como tão pouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediados pelo mundo.” Freire (1996)

Os professores há algumas décadas, eram autoridades e respeitados, exerciam funções de grande importância na escola, na igreja e nas comunidades. Eram respeitados pelos alunos, se aluno não aprendia ele era o único responsável; porque não estava.

Para Barreto (1992) de duas décadas para cá, as coisas mudaram muito, quando o aluno não aprende a culpa não é mais do aluno, a responsabilidade é o professor. Essa mudança obrigou o professor a mudar a sua forma de trabalhar, ele passou a ter outras obrigações.

A educação dada aos estudantes nas salas de aula não é mais a única preocupação dos professores no momento das aulas. Em algumas escolas públicas ou privadas, indisciplinas e desrespeito são frequentes, atingindo o nível de agressões graves e prejuízo às atividades escolares.
Desrespeito, xingamento e até agressões físicas chegam às salas de aula. Por causa do estresse constante os professores pedem licença para cuidar da saúde ou até desistem de lecionar.
A escola hoje está vivendo uma total crise de autoridade, afinal aa relação entre educador e educando está de igual para igual, ninguém respeita mais e muitas vezes o desmando vem de fora dos muros da escola. Na televisão fazem chacota do presidente da república, políticos desacreditados, policiais corruptos, pais despreparados e reféns dos próprios filhos e tudo isso reflete na sala de aula, fazendo com que o professor tenha que lidar com tantos problemas éticos.

Porém o discurso docente tem que ser coerente com a sua prática pedagógica, pois não adianta passar o ensinamento ético para seus alunos e agir de forma contrária a esses ensinamentos. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais e Ética (BRASIL, 1998), as atitudes respeitosas devem partir do professor, pois essas atitudes serão vistas como modelo, principalmente pelas crianças menores.

A escola pode trabalhar o respeito mútuo nas suas traduções específicas do convívio escolar, e isso, evidentemente sem prejuízo de se trabalhar regras gerais de convívio, como por exemplo, não bater no colega, não humilhá-lo, etc.
Ainda de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, estudos recentes têm mostrado claramente que os sentimentos de humilhação e vergonha podem acarretar na criança graves problemas psicológicos. Os professores, no entanto devem tomar muito cuidado para não despertar esses sentimentos nos alunos.


O que justifica tanta violência? São os alunos de hoje mais violentos que os de uma ou duas gerações atrás?

Constitui rotina desgastada pelo cotidiano afirmar-se que os jovens são extremamente violentos. Violentos em suas brincadeiras, nas “gozações” impiedosas com que marcam os colegas, nos esportes que preferem e até mesmo nas revistas ou filmes que escolhem. Fala-se também no temível bulling.

Bulling é um conjunto de atitudes agressivas intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente adotado por um ou mais alunos contra outros, causando dor, angústia e sofrimento.
Mas essa afirmação somente pode ser validada tomando um ponto de referência e este nasce com a questão: se são violentos, são em relação a quê? Sem essa comparação, torna-se inútil discutir o tema e chega-se até mesmo a pensar que violência sempre existiu e dessa maneira constituir o tema chega-se até mesmo a pensar que a violência sempre existiu e dessa maneira constitui atributo biológico conquistado através do processo da evolução da espécie.
Quando se coloca a questão através desse prisma, aparece uma resposta não menos desgastada pela rotina do cotidiano: “jovens de hoje são violentos quando comparados com os de uma ou duas gerações passadas”. Essa nova posição ajuda a análise, pois localiza o tema no tempo e permite admitir que violência é produto de ocorrências verificadas nos últimos quarenta anos, simplificando a busca dessas raízes.
O que teria acontecido nesse tempo para que jovens suportáveis de ontem mostrem-se assim tão diferentes dessa juventude violenta que aí está? A resposta envolve diferentes componentes.
Vamos a ele sem nos preocupar com hierarquia causa e a crença de que esta causa é mais ou menos importante que aquela. Acreditamos que são as seguintes:

Movimento de pretensa liberdade que eclodiram em quase o todo mundo no final dos anos 60 e que discutiam e reinventavam novos conceitos sobre comportamentos e criticavam valores até então tidos como verdadeiros paradigmas de procedimentos. Esses movimentos constituem ciclos históricos essenciais e, ao longo do tempo, nunca foram surpreendentes. O que diferenciam os dessa época e essa contracultura pregada é que anteriormente não havia perspectivas de suas divulgação maciça, como a que se tornou viável nos últimos 40 anos. Uma “leitura” distorcida de novas descobertas psicológicas, popularizando, durante os anos 70, ideias de que estabelecer limites, proibir e restringir representariam formas castradoras de educação e que, portanto, o correto passaria ser assumir-se o aforismo de que deveria ser proibido proibir. Pais, professores e sacerdotes envolvidos pelos equívocos dessa interpretação incorreta passaram a clamar por uma “nova família”, “uma nova escola”, “uma nova igreja” nas quais à permissividade deveria colocar-se a serviço do que se acreditava ser uma educação correta;

Além dessas razões que, como se percebe, são universais, existem outras de caráter pontual. Durante mais de duas décadas o Brasil foi dominado por rígida ditadura militar, que afogava posturas autocráticas e que mostrava que o poder tudo podia e que contestá-lo representaria crime imperdoável. Essas “mensagens” acabaram por incutir na família e na escola uma cultura simulada de arrogância e prepotência na qual todo ideal somente seria válido através do prisma do individualismo. Passou a ser valor pensar-se apenas em si e nos bens possíveis de se juntar. Essa atitude gerou desrespeito pelo que é público, “pelo que não me pertence” e, assim, muitos que descobrem interesse pela violência e negação de solidariedade a quem é violentado;
Em todas essas causas, insinuam-se de forma significativa, os meios de divulgação de massa , rádio, TV, revistas, etc. Por tornar universais valores específicos de um grupo e de uma época. Mas, além dessa influência, esses mesmos meios também atuam como causa específica ao simbolizar péssimos exemplos e “lições” extremamente banais. O que esperar de uma geração que teve como modelo exaustivamente exposto como exemplo às ações e as agressões do Bob Esponja. Naruto, Meninas Superpoderosas e ainda muitos outros? Como acreditar na solidez da construção de um lar, diante de tantos e tão vulgares programas e novelas que exaltam o individualismo, ensinam o crime e esconde os valores da solidariedade?
Todos os dias, alunos do mundo inteiro sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira” e que podem acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na auto-estima até em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias.

CONCLUSÃO:
Sinceramente acreditamos em uma saída positiva. Não podemos ficar escorados na ilusão de que basta fechar os olhos e guardar os novos tempos, mas no sentido de trazer esse tema, com ousadia e coragem, para o nosso projeto, com a ajuda do GRÊMIO ESTUDANTIL, envolvendo pais, alunos e toda a comunidade do entorno, estudar princípios, definir “contatos” democraticamente organizados e exercê-los com integral coerência.


CULMINÂNCIA: SEMANA PEDAGÓGICA:
Palestras: Bulling – Profª Rosiane
Aprendendo a dizer não – Profª Fernanda
Resgate das brincadeiras infantis – Profª Evelin
Teatro: Cultura de PAZ adormecida – Aluna Nayara
Esta apresentação em PowerPoint fez parte do projeto.







Desembargador. Conectado com o futuro.